domingo, 18 de novembro de 2012

Consequências (Parte 2)


Na criança que gagueja, o rendimento escolar poderá estar em risco. Ao apresentar dificuldades em verbalizar certas palavras, prejudica a fluidez do seu discurso o que irá certamente comprometer o processo de ensino-aprendizagem.
É na escola onde as crianças, geralmente, vivenciam os momentos mais significativos de interação com os seus pares e com os educadores. A criança é, assim, mais solicitada a responder, em situação de sala de aula ou outra, estando por isso mais exposta e vulnerável. Ao sentir-se pressionada a gaguez tornar-se-á mais evidente, podendo até ser alvo de troça dos demais.
Surgem então dificuldades na forma como lidar com esse gozo por parte dos colegas e na falta de compreensão por parte de alguns professores, que tendem a puni-los no aproveitamento escolar.

Como já vimos, as consequências desta perturbação são várias e podem surgir também associadas a comportamentos motores, tais como, o piscar de olhos, tiques, tremores dos lábios ou da face, extensões bruscas da cabeça, movimentos respiratórios irregulares, ou até fechar os pulsos no ato de fala. Estes sinais são muito visíveis e podem afetar psicologicamente a criança ou o indivíduo, inibindo até o seu convívio social.

Concluindo, a gaguez não se traduz apenas no visível ao nível da fala, mas sim, em todo o psicológico e maneira de ser da pessoa, trazendo assim muitas implicações e consequências menos desejadas para a pessoa que gagueja. Esta perturbação da comunicação afeta o bem-estar bio psicossocial do indivíduo.

“A gaguez quer afete uma criança, um jovem ou um adulto, toma a dimensão que a própria pessoa lhe dá. A personalidade e a fase de maturidade física e cognitiva da pessoa que gagueja influenciam o modo como lida com a gaguez e o impacte da mesma na sua qualidade de vida.” (Gaiolas, 2010)

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